O dinamismo da política é surpreendente. Já se suspeitava, antes mesmo da informação ganhar as ruas, de que Marquinhos Campos (PSB), irmão do ex-deputado estadual Jeová Campos (PT), e primo do deputado Chico Mendes (PSB), poderia disputar uma vaga na Câmara Municipal de Cajazeiras.
No entanto, logo que pediu desincompatibilização da função que exercia no Governo do Estado, dentro do prazo estipulado pela legislação eleitoral, Marquinhos era cogitado para figurar na chapa majoritária como substituto do seu primo, que tentará conseguir o registro de candidatura, pois, pelas consultas formuladas junto as cortes eleitorais (TSE e STF), Chico Mendes deve ter questionado seu registro, por se enquadrar na tese de um terceiro mandato.
Mesmo tendo seu nome incluído em pesquisas internas do grupo de oposição, para uma candidatura a prefeito de Cajazeiras, Marquinhos Campos deverá mesmo disputar uma das 15 vagas do legislativo local.
Para alguns, a iniciativa da candidatura de Marquinhos Campos seria uma estratégia para reforçar o PSB, partido do governador João Azevedo, pois, existe uma dificuldade de o partido eleger pelo menos quatro vereadores devido sua calda que seria pequena. E com isso, o grupo do AI teria um representante do legislativo municipal cajazeirense, algo que não conseguiu na eleição passada (2020), quando além de ter amargado uma derrota de Marquinhos como candidato a prefeito, não conseguiu sucesso nas candidaturas apoiadas pelo grupo para vereador.
Só que nesse cenário existe duas complicações anunciadas. Primeiro, as claras chances de Marquinhos ser um dos eleitos, pode desbancar dois atuais vereadores, que disputam o retorno a Câmara Municipal. Pelo que se desenha, os atuais quatro vereadores com os demais pré-candidatos correm o risco de eleger apenas três no PSB, ficando um de fora. Dessa forma, a eleição de Marquinhos seria uma questão de honra para seu irmão Jeová Campos e o próprio deputado Chico Mendes, seu primo.
O outro ponto a se observar é que dois nomes sairiam prejudicados no PT, o da radialista Márcia Rejane, que não foi eleita na eleição de 2020, devido o apoio do grupo do AI ter sido dividido entre ela e Amanda do Alho. Bem como, de Junior da Caçamba, já que eles contam com o apoio do ex-deputado Jeová Campos. Resumindo, o PT que também tem encontrado dificuldade, já que teria um número de apenas 13 pré-candidatos com a desistência de Rivelino Martins.
Nessas condições, a conclusão a se tirar é que: se na campanha de 2020, o apoio do AI que foi dividido para dois candidatos, não conseguiu eleger nenhum, certamente, nessa eleição todo apoio será direcionado a Marquinhos para vereador.
Portanto, a briga no PSB entre quatro, agora ganha mais um. Ou seja, serão cinco nomes que disputarão palmo a palmo, os votos para eleger, possivelmente, três ou no máximo quatro vereadores dependendo do desempenho dos outros partidos.
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